quarta-feira, 6 de julho de 2011

Por que eu adoro as Festas Juninas e meus filhos não...


Dedinhos do Rafa, segurando sua peneira "brilhante"...

 

Eu cresci numa cidade no interior, como sabem, e as Festas Juninas foram parte importante da minha infância. Eu adoro essa época do ano! Imaginava que quando tivesse filhos eles teriam a mesma alegria com os folguedos, mas tem sido tudo diferente...

 

Os meninos nasceram na Capital e as tradições juninas resumem-se ao colégio no qual estudam e à festinha do condomínio onde moramos. Eles encaram as Festas Juninas mais como uma atividade protocolar do que como oportunidade de diversão, o que é uma pena...

 

Esse ano, nenhum dos dois quis ir à sua apresentação, apesar da minha insistência. O Rafa disse que morreria de vergonha e o Guilherme, antevendo uma apresentação ruim por conta da “outra” turma da 2a. Série (em tese, não tão bem ensaiada quanto a dele... lol) desistiu no último momento.

 

Nada como um pouco de cola quente...

Ainda na festa do condomínio dos meninos foram taxativos: “Bigode pintado nem pensar! É mico, mãe!!” rsrsrsrs Não adiantou eu dizer que ensaiar os coreografias era super divertido, que havia o casamento matuto, etc. Não é a realidade deles...

 

Tristeza pra mim, claro... É sério: eu choro vendo as quadrinhas dançarem. É uma coisa meio doida, mas sinto uma nostalgia incrível da infância. Claro, eu sei que nostalgia é meu nome do meio... lol

 

Esse ano, a coreografia do Rafa envolvia o uso de uma peneira que, tradicionalmente, é feita de palha e, para o dia da apresentação, deveria ser decorada com fitas coloridas. No meu corre-corre diário, comprei uma peneira feita de metal, e não de palha.


Bandeirinhas e fitilhos para um caipira ausente... =D

 

A professora, meio constrangida, veio me perguntar se a peneira da apresentação seria mesmo aquela, pois era a única diferente... Eu disse que sim, que não tinha tempo de sair procurando a tal peneira de palha, mas, preocupada com o fato do Rafa ser ainda muito pequeno, resolvi perguntar ao interessado. Rafa respondeu de pronto: “Eu quero mesmo a minha peneira brilhante, que é a mais bonita de todas!”.

 

Peneira resolvida, faltava a decoração. Com um pouco de cola quente, colei fitilhos e fitas coloridas em três pontos da peneira e os cobri com pequenas bandeirinhas de tecido xadrez. Ficou bem diferente e fez o maior sucesso na festa (mesmo sem a presença do dono), segundo a professora me contou depois.

 

O meu amor pelas Festas Juninas é inexplicável mesmo... Para vocês terem uma idéia, na única vez em que fui a noiva da quadrilha, o noivo era o menino por quem eu andava arrastando uma asa. Tudo ia bem até que ele me abandonou antes da dança começar... =(

 

Mas isso eu conto outro dia. =D



 

2 comentários:

♥ Nia disse...

Estava uma historia tão engraçada com os teus filhotes.. já estava a imaginar os dialogos entre vocês, a mãe toda animada para a festa os meninos a querem fugir hahahahah Mas depois acabas a dizer-me que o teu par foi embora?!?! Esse teu par já era como os teus filhotes, fugiu à festa também!! Homens são todos o mesmo! LOLLADA!! :D

Eri disse...

Essas histórias de festas juninas são mesmo tudo. Só me lembro das adivinhações... Eu nascida e criada em Fortaleza, só tinha essa coisa de cidade do interior vinda dos meus pais. Mas no dia de São João, a gente acendia a fogueira e haja a fazer adivinhação para saber se ia casar. Diz que eu já ficava doidinha torcendo para na faca aparecer as iniciais do meu amor, ou então, ora torcendo para na água benta no fogo da fogueira, os pingos das velas formarem um navio para simbolizar viagem no meu futuro; ora torcendo para o véu de noiva ou igreja se formar... Ô tempo bom!


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