quarta-feira, 27 de junho de 2012

Novos Tempos


Gatos, por Aldemir Martins


Cenário: um quarto de criança com brinquedos, roupas e lápis de cor espalhados.
Personagens: Guilherme (7 anos) e Rafa (4 anos).

Entre os personagens, podia-se ouvir o seguinte diálogo:

Gui: O que é isso que você desenhou?
Rafa: É um desenho no estilo “Aldemir Martins”...
Gui: Quem é Aldemir Martins??
Rafa: É um pintor... Que gosta muito de gatos.
Gui: Ah, tá...

Adorei essa foto.

 Cai o pano (e o queixo).

Eu, aos 4 anos, adorava os pincéis e as tintas. E só. Outros tempos.




Observação: para ilustrar esse post, vejam o “vaso de flores” que ganhei dia desses do Rafael, meu pequeno romântico. 


domingo, 24 de junho de 2012

Girafas




Eu já disse a vocês que adoro girafas? Não?! Pois é... a girafa é meu animal favorito.

Lembro com detalhes o dia em que vi uma girafa ao vivo pela primeira vez, num zoológico em Buenos Aires. Era uma linda manhã de sol e eu estava um pouco nervosa. Quem quer ver macacos e cobras nojentas? Parei um pouco para admirar um enorme urso polar, mas o coração palpitava na direção das girafas...

Estava quase correndo e o meu marido sem entender nada: “Mas que pressa é essa?!”. Pressa de ver com meus próprios olhinhos aquela belezura, oras!

Próximo do cercado, o coração desatou a bater mais rápido. Um belíssimo exemplar adulto caminhava com sua elegância peculiar, lânguido, ao sol... Achei tão bonito que meus olhos se encheram de lágrimas e eu não consegui dizer nada...

Passei longos minutos contemplando a girafa: tão frágil e tão forte, tão majestosa e tão dócil. Atributos contraditórios e, por isso mesmo, tão interessantes.

Quando parecia que não podia melhorar, um filhote desajeitado se aproxima da girafa adulta. Aaaahhhhhhhhhh... Cai uma lágrima. Trôpego, aprendendo a lidar com suas “enormes perninhas”, passeia com a girafa adulta, parece até saber que existe um olhar abobado de admiração sobre ele. Exibe-se, modestamente.

Depois de muitos minutos, tive que me despedir das girafas e continuar o passeio. Nosso encontro, entretanto, me deixou com gosto de quero mais. Próximo encontro: ver as girafas pelos olhos dos meninos. Vai ser lindo.




Daí a bordar uma girafa com escandalosos óculos escuros de armação pink foi um pulo! Depois mostro a peça finalizada, ok? Por enquanto é, tipo, segredo... lol

Algum animal preferido? Por que?



quarta-feira, 20 de junho de 2012

Livros + Leitura = Diversão




Todo mês nós levamos os meninos à livraria. Lá, além de folhear e brincar com os livros, nós escolhemos um exemplar para cada e ainda lanchamos. Eles consideram este um dos melhores “passeios” em família.

Nós ficamos felizes de que o sentimento que vincula livros e leitura seja de prazer e divertimento. É isso mesmo que esperamos para eles: livros serão companheiros de folguedo ou de amparo nas horas de solidão ou questionamento.

O Gui anda lendo Harry Potter e adora! Rafa, ainda não alfabetizado, já reconhece as letras e as busca avidamente em qualquer lugar. Está sempre “lendo” ou escrevendo bilhetes, cartas. Dá orgulho, para uma mãe leitora como eu, ver sua prole percorrendo o bom caminho...

Na última ida à Livraria, já que não sou de ferro, também me presenteei com o livro “300 Classic Blocks for Crochet Projects”, de autoria de Linda P. Schapper. Esse livro tinha sido apresentado a mim pela Gis, do blog Coração em Ponto Cruz. Tomei emprestado dela e fiquei totalmente apaixonada, o que, no meu dialeto particular significa: “Quero ter um SÓ PRA MIM!”. Lol




Não deu outra. Comprado o meu exemplar, tive delírios à la “Julie & Julia”: fazer um bloquinho por dia para publicar no blog! A doida! De volta ao rés do chão, já namorei bastante meus bloquinhos preferidos e decidi testar uns hexágonos lindos... (Ah, meu Deus, de onde vem a minha queda por essa forma geométrica?)




Bom, não posso prometer a saga dos bloquinhos de crochê, mas que estou animada, lá isso estou! Lol Vamos ver o que virá.


domingo, 17 de junho de 2012

Imagens da minha infância


Meu cunhado, André, é um fotógrafo talentoso. Dia desses, me convidou a escrever a um texto que acompanharia fotos suas num concurso. Eu fiquei honrada, evidentemente. As fotos escolhidas por ele compõem uma série intitulada “Farinhada” e foram feitas numa localidade rural, próxima à minha cidade natal.

As fotos me emocionaram e me ajudaram a escrever o texto abaixo por que me remeteram, imediatamente à infância, quando íamos, madrugada adentro, participar das festas em volta da fogueira. Crianças e adultos, o fogo, as estrelas sobre nossa cabeça. Era muito divertido, assustador, bonito, diferente.

Se tiver paciência, leia meu texto, que reproduzo abaixo. E já te respondendo: não, nós não fomos selecionados, ainda que eu ache que as imagens do André merecessem o prêmio...

****



“A farinha é trabalho árduo, que greta as faces. O punhado do alimento que sacia a fome,  quando tudo o mais falta, nasce de muitas mãos, de muita labuta, de algumas cantigas e poucos sorrisos.

Sua produção remete a tempos imemoriais. Sentados em volta do fogo, espera-se pacientemente que um dos subprodutos da mandioca asse sobre o forno de barro: as moléculas do beiju engendram um sabor adocicado, quase infantil, que se submete ao alimento que o acompanha tal qual uma mulher que aceita sua sina.

Noites em volta do fogo, depois de dias em volta do forno, onde a farinha torra.




Às mulheres, cabe o delicado trabalho de descascar a mandioca, lavá-la uma, duas, três vezes, quantas vezes sua alvura exigir. A goma, rainha soberana, jaz no fundo da lavagem, pérola a ser descoberta, sabendo que será alimento de desvalidos e ricos.

Aos homens, é exigido da força para arrancar a mandioca do chão à persistência para moê-la, prensa-la, assa-la pacientemente sobre o grande forno. A estes cabe a transformação, erigindo, em sacos de alva farinha, um dos pilares da cultura nordestina, que estará, depois, em pratos pobres e nobres.  

A farinhada é atividade familiar, mas é também negócio, empreitada. É suor, mas também é forró. É cansaço, mas também encontro. É morte, mas também é vida, Severina.” 


                                                                          ****
Bom domingo!



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Kusturicas


Fala sério: quem não ama receber uma caixa como esta??


Eu venho admirando o trabalho da Fernanda, do blog Kusturicas, há um tempo. São peças tão delicadas, a combinação de tecidos e outros aviamentos é tão harmoniosa que me fazem suspirar... Ah, como eu queria ter esse talento!

Quando ela anunciou que lançara sua lojinha virtual eu nem pestanejei e resolvi solucionar um problema antigo: eu não tinha um alfineteiro!


Meu alfineteiro, não podia ter escolhido melhor.

Escolhi uma das suas peças mais delicadas, uma maçã de patchwork, com folhinhas e cabinho. Fofo. Item indispensável por sua fofurice e utilidade.


Ai, ai...

Após uma curta espera, recebo uma caixinha “da Minnie”, como a intitulou o Rafael, devido o papel de bolinhas brancas sobre fundo vermelho. Depois de aberta, um delicioso perfume deu indícios do que viria: além da maçã – muito mais bonita “pessoalmente”! – fui presenteada com outros miminhos como um marca página e um pingente de coração, cada um mais lindo que o outro.


Um marcador coisa de louco para a minha coleção.

A Fê ainda me escreveu um carinhoso bilhetinho e me deixou sorrindo de orelha a orelha.


E delicadezas que representam bem o capricho e o carinho da Fernanda.

Fiquei muito, muito satisfeita com minha aquisição e recomendo todas as fofuras da Kusturica. São uma ótima sugestão de presente, para você ou para outrem.


Ai, ai... *suspiro* 

Obrigada pelo carinho, Fê! Amei!





domingo, 10 de junho de 2012

Eu sou a favor do reaproveitamento! E você?




Não é muito segredo: eu adoro sobras! (Dita assim, descontextualizada, a frase soou meio esquisita, né? Lol)

A verdade é que tenho problema com desperdícios de qualquer natureza. Se tem sobra de comida na geladeira, logo crio um prato novo, diferente – nem sempre delicioso, mas sempre palatável. Detesto ver comida ir pro lixo...

Na última vez que fui à minha cidade, no interior, inventei de ajudar a arrumar o armarinho do meu pai, que andava meio largadinho. Todos os pedacinhos de fitas, bicos, rendas, por assim dizer, “não-vendáveis” (por que fossem pedaços pequenos ou manchados ou desfiados) foram parar numa sacolinha que eu trouxe. Tenho usado a maior parte destes restinhos em meus trabalhos. Tudo tem utilidade, se a alma e a visão não são pequenas...

Aí, nessa história de vender panos de prato, às vezes sobram pedaços do tecido de algodão. Fazer o quê? São 10cm aqui, 20cm ali. Nenhum deles dá um pano de prato, ainda que pequeno, não dá quase nada... Ops!?

Pra que serve mesmo o patchwork?? Costura, costura, costura: voilà! Sai um pano de prato novinho, útil, com “charmosas costuras verticais”. Após um biquinho de crochê preto, não fará feio em cozinha nenhuma! Imagine na minha!!?

Não tenho vergonha de usar coisas que foram antes de outra pessoa, de aproveitar pedacinhos de tecidos, nem de doar as coisas que não preciso mais. Tenho vergonha, sim, das pessoas que insistem em fazer de conta que não sabem que os recursos do nosso planeta são finitos.

E viva nosso jeito craft-sustentável de ser!  


quinta-feira, 7 de junho de 2012

“Como andam os seus hexies?”




Dia desses, a Joanita do delicioso blog Coccinela Dots me perguntou, por email, sobre meus hexies.

De fato, querida Joanita, meus hexies estão hibernando um pouco... Mas começa a surgir, bem devagarzinho, uma vontadezinha de retomá-los, de unir as dezenas que já estão prontas, somente esperando um pouquinho de linha e atenção.






Não sei se gosto mais de confecciona-los ou de uni-los... A colcha já tem mais de um metro de lado, mas falta muito. Esse é um projeto de longo prazo e, devido às minhas tantas fases, acabo por não me dedicar integralmente...





Nas minhas pesquisas na internet sobre o uso dos hexies, me deparei com trabalhos lindos – e finalizados!

Mas gosto de saber que eles estão lá, me esperando. Em mim, dá um certo conforto saber que existem trabalhos a serem terminados... 


sábado, 2 de junho de 2012

Mais sobre puzzles ou o quanto algo que parece simples pode ser muito, muito difícil


Quase pronto?? Você que pensa...


Minha irmã me incumbiu de montar outro quebra-cabeças. E eu o subestimei. Foi do mesmo jeito com o concurso que prestei alguns fins de semanas atrás. Aliás, essa foi a tônica daquele fim de semana... Subestimar a dificuldade das coisas e, por isso mesmo, quebrar a cara (e a cabeça)... lol

Mas deixa eu te explicar. Comecemos pelo quebra-cabeças. Depois de montar um Renoir, montar um puzzle com figuras, digamos, definidas, parece mais fácil, concordam? Errado!! Primeiro, esse novo desafio tinha 1.000 peças. Depois, grandes áreas da mesma cor ou nuances. Tive que ter muita ajuda. Mesmo.


Fiquei pensando se tinha alguma coisa a ver esse "índio-havaiano" sobre o Brasil...

Quanto ao concurso, eu havia feito a inscrição, mas, confesso, não estudei nada. Fui confiando no conhecimento que já tinha sobre o tema, que é o meu de formação. Superestimei meu conhecimento acumulado e percebi o quão desatualizada estou. Não foi tempo perdido por que me mostrou o que preciso estudar se quiser realmente mudar de trabalho...

Voltei para casa, depois da prova, com um sentimento meio ruim. O quebra-cabeças continuava despedaçado sobre a mesa. “Vou fazer um brownie!”, pensei, quem sabe isso ajudaria a melhorar um pouco o astral da tarde de domingo...

12 anos???? Conta outra!

Com a “ajuda” dos meninos e dos meus sobrinhos, fizemos um brownie a muitas mãozinhas. Tinha tudo para dar certo, mas, novamente, subestimei as necessidades da receita e... deu errado!!!! Lol

Resumo desta ópera?! Nos divertimos a valer, todos em volta da mesa lutando com as pecinhas minúsculas, comendo o brownie duro e meio queimado e pensando na maravilha que é estar vivo, saudável, junto de quem se ama. 

Errar? Fracassar? É só parte do jogo...




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