A saga das capas de garrafão continua, a despeito de tudo, inabalável, tal qual novela mexicana. Terminado o projeto dos capotes da Nathália, estão na fila as pimentas chilli da D. Ana e flores para a Lenis (quase perdendo para pássaros, em homenagem ao Juvenal, papagaio dela).
Meu apreço por capas de garrafão sofreu críticas duras, mas eu fiz “ouvido de mercador”. “Eu poderia estar roubando, matando, mas estou aqui, fazendo capas de garrafão bordadas pros amigos”, respondi em várias ocasiões. Rsrsrsrsrsrs
Não quero saber por qual meio, quero apenas expressar as múltiplas possibilidades do bordado e permitir a quem ganha um presente compartilhar um pouco do carinho que dediquei naquela peça.
Por exemplo: a professora da Rafinha, Tia Marilac, faz aniversário em agosto, mesmo mês dele, e já informou: “É no Dia do Folclore!”. Na hora, pensando sobre que presente dar, lembrei do projeto em andamento, a toalha marfim, na qual tento reproduzir o bordado que parece Rechilieu, como uma boa opção.
Òbvio que seria mais divertido se eu tivesse fazendo algo que representasse os personagens mais famosos de nosso folclore... Mas numa rápida pesquisa na internet, descobri que o folclore pode ser definido como “...o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país e pode ser percebido na alimentação, linguagem, artesanato, religiosidade e vestimentas de uma nação”.
(Fonte: http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diafolclore4.html)
Num país tão rico em festas, folguedos e, claro, folclore, nascer no dia 22 de Agosto é quase como nascer no Dia da Cultura e nosso artesanato acaba por ser uma parte de nosso folclore, concordam? Assim, se tudo correr bem, Tia Marilac receberá um presente personalizado, feito com o mesmo carinho que a une a mim e ao Rafa.
Sei que nem todo mundo tem tempo, disposição, vontade para os trabalhos manuais. Mas sonho com o tempo em que todos tenham mais tempo para a delicadeza das relações, para lutar contra a mercantilização do afeto e a massificação da subjetividade. Às vezes parecemos todos mulas sem cabeça correndo de um lado pro outro, sem saber direito o que procuramos nessa vida...
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