Em 2011 concluí um Mestrado em Administração de Empresas. No
curso, me interessaram todos os assuntos que envolvem o consumo e o
comportamento do consumidor e foi na Universidade que conheci o trabalho do
sociólogo polonês Zygmunt Bauman.
Eu sei que fujo um pouco da literatura com este livro, mas a
fuga vale a pena quando a leitura é tão atual quanto apaixonante.
Em “Vida Para Consumo – A Transformação das Pessoas em
Mercadoria”, Bauman nos alerta para os riscos da existência subjetiva fundada
no consumo. Mais que uma exortação contra a sociedade de consumo ou a
superexposição nas redes sociais, é um libelo em favor da nossa humanidade,
subjetividade e alteridade. Num mundo repleto de estímulos voláteis, o tempo
parece sempre perdido para nós e não conseguimos nos enxergar além das regras
de mercado.
Texto de Divulgação:
“Um dos mais perspicazes pensadores da atualidade, Bauman
nos revela a verdade oculta, um dos segredos mais dissimulados da sociedade
contemporânea: a sutil e gradativa transformação dos consumidores em
mercadorias. As pessoas precisam se submeter a constantes remodelamentos para
que, ao contrário de roupas e produtos que rapidamente saem de moda, não fiquem
obsoletas. Bauman examina ainda o impacto da conduta consumista em diversos
aspectos da vida social: política, democracia, comunidades, parcerias,
construção de identidade, produção e uso de conhecimento. E dá especial atenção
ao mundo virtual: redes de relacionamento, como Orkut e MySpace, não refletem a ideia do homem como produto?”
Se você, como eu, é curioso sobre o tempo em que vivemos,
suas vicissitudes e limites, anote aí minha avaliação: leitura importante e
reveladora!