Durante um
período bem difícil de 2011, li alguns livros em sua versão eletrônica. Não é a
minha forma preferida de ler, evidentemente. Gosto da textura, da cor, do
cheiro do papel... Sou um pouco old fashion, como já sabem.
A experiência,
entretanto, desmistificou a questão de ler na tela. Pude me ver, em algum lugar
do futuro, lendo meus livros num tablet, o que até então era impensável... Um
destes e-books, talvez um dos melhores, foi O Guardião de Memórias (Kim Edwards).
Eu vira este
livro diversas vezes nas livrarias, mas não me animara a comprar. Por fim,
tendo como válvula de escape a leitura, baixei o livro na internet. A leitura
me prendeu por alguns meses. Lendo apenas no computador, houve momentos em que
desejei saber o desfecho de uma parte e não pude, por que não estava perto do
computador. Em outros momentos, o trabalho não deixava que eu abrisse o
arquivo. A fome de saber aumentada tornava cada página lida uma surpresa.
“O Guardião de
Memórias é uma fascinante história sobre vidas paralelas, famílias separadas
pelo destino, segredos do passado e o infinito poder do amor verdadeiro.
Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a
fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é
perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da
síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças
do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e
o assombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a
criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela
fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua
própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio
causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de
segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo
será capaz de curar.” (Texto de divulgação)
O livro é
absolutamente pungente, ainda que você não tenha filhos. O mais interessante,
para além da trama, da separação dos irmãos, é como o que não é dito se insinua
como uma presença constante, minando e, por fim, matando uma relação.
Não é assim na
vida real? Quantas vezes preferimos calar para não ferir, esconder o que
sentimos com medo da reação dos outros, enterrar bem fundo nossos sonhos,
covardes demais para enfrentar a possibilidade de que não se realizem??
Mas que vida é
essa?
Para refletir
sobre essas questões ou, simplesmente, para derramar algumas lágrimas, lá vai
minha avaliação: hiper-mega-high-power-blaster-uber-recomendadíssimo!
4 comentários:
Simone linda:
Que belo texto! AMEI o uso perfeitíssimo do mais-que-perfeito simples:"Eu vira este livro diversas vezes nas livrarias, mas não me animara a comprar". O passado anterior a outro passado, que pouca gente sabe usar. Você me fez feliz!
Abraço muito carinhoso da Cecilia.
Obrigada pela partilha!
SIMONE, EU LI O LIVRO E ASSISTI O FILME, QUE ACHEI BEM FIEL AO LIVRO, APESAR DE NÃO TER ALGUMAS PARTES...ASSISTE, DEPOIS ME CONTA.TERMINEI DE LER UM LIVRO DA DÉCADA DE 80, O REVERSO DA MEDALHA DE SYDNEI SHELDON, ADOREI!!É A SAGA DE UMA FAMÍLIA EM BUSCA DO PODER. ESTOU LENDO PELA SEGUNDA VEZ, "SÃO LUCAS, MÉDICO DE HOMENS E DE ALMAS", VALE A PENA, A AUTORA FEZ UM TRABALHO DE PESQUISA MUITO GRANDE E DESCREVE COM PERFEIÇÃO A ÉPOCA ONDE VIVEU SÃO LUCAS, O ÚNICO APÓSTOLO QUE NÃO CONHECEU JESUS.BJS E BOA LEITURA!!
Eu adoro tecnologia, contra isso nada, ou não fosse a minha área programação informática! hehehehe Mas não há nada que substitua um livro na nossa mão, o gosto de folhear cada página :) e o cheirinho do livro novo!! adoro :D
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