Junho trouxe os holofotes do Mundo para o Brasil e eu pensava nisso na hora de selecionar o livro do mês. Para além do campeonato de futebol – considerem que eu moro numa das cidades-sede, um verdadeiro canteiro de obras a céu aberto – a formação do que se denomina “ser brasileiro” está na pauta de discussões, sobretudo quando os “homens cordiais” saem às ruas para protestar, confundir, contundir, gritar nossas mazelas em megafones, paus e pedras.
Li este livro há muitos anos, quando eu ainda nem entendia
direito os limites elásticos do mundo. Eu só queria entender de onde vinha esse
nosso “jeitinho brasileiro”, visto por uns como pejorativo e por outros como um
ideal a ser seguido.
Sérgio Buarque de Holanda respondeu muitas das minhas
perguntas e plantou inúmeras outras. O livro, lançado nos anos 30, é tão atual
que nem se notam os quase 80 anos de sua existência. Mudamos pouco? Somos tão
jovens?
Texto de divulgação:
“Publicado em 1936, Raízes do Brasil aborda aspectos centrais da história da
cultura brasileira. O texto consiste de uma
macrointerpretação do processo de formação da sociedade brasileira. A tese
central é a de que o legado personalista da experiência colonial constituía um
obstáculo, a ser vencido, para o estabelecimento da democracia política no
Brasil. Destaca, nesse sentido, a importância do legado cultural da colonização
portuguesa do Brasil e a dinâmica dos arranjos e adaptações que marcaram as
transferências culturais de Portugal para a sua colônia americana.” Fonte:wikipedia
Se você quer entender melhor as bases sociológicas da formação da nossa
cultura e seus tentáculos, anote aí minha avaliação: um clássico, atemporal
e imperdível!
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