sábado, 28 de maio de 2011
WIP – SAL Lizzie Kate # Gift
Olá!
Concluí mais uma palavra deste SAL. Como sabem, adoro
coisinhas cute-cute e rápidas de bordar. Dá uma sensação de realização!! A
gente tem quase a certeza de que não terá mais um UFO pululando em gavetas e
armários, concordam?? lol
A palavra da vez é ultra-especial: GIFT. Pela ilustração
e pelo Natal, o primeiro significado fica patente: presentes, presentes e mais
presentes.
Mas eu gostaria de falar sobre o outro significado,
aquele que nos torna especiais por algo que fazemos bem, que nos dá enorme
satisfação pessoal e que, em português, chamamos de “dom”.
Quais são seus dons? Não, não precisa ser como Mozart
para ter dons. Tem gente que tem o dom de te confortar apenas por te olhar nos
olhos, te ouvir com empatia, tem gente que tem o dom de fazer a gente rir nas
situações mais terríveis e, com isso, espantar aquela nuvenzinha negra que às
vezes paira sobre a nossa cabeça...
Do outro lado, tem gente que nasceu com o dom de
irritar, de ser intransigente, de permanecer chafurdando em lamúrias e
autocomiseração. É quando o “dom” parece mais um fardo que a pessoa insiste em
carregar ao longo da existência. Já viram pessoas que se sentem “felizes” em
serem detestadas? Tudo de ruim que acontece apenas confirma a visão torpe que
estas têm da vida... Tristíssima condição.
Ah, e os dons que a gente gostaria de ter? Eu queria
saber cantar bem, sem esforço, cantar com os olhos, com o corpo... Acho lindo
quem canta como se estivesse falando, com a maior naturalidade... E também queria
saber pintar.
Alguns poderiam pensar que não existem dons, que basta
esforço, disciplina, força de vontade para aprender. Bem, estas estratégias não
funcionaram para mim... lol
Para concluir, pensei, pensei e acho que encontrei meu
dom: eu tenho o dom de ouvir. É incrível! Basta eu sentar ao lado de alguém no
ônibus e, voilà, em minutos eu sei detalhes de sua vida... Isso sempre
acontece... A necessidade que temos de sermos ouvidos e reconhecidos em nossa
fala é muito premente.
O detalhe irônico? Não ganho um centavo com isso, apesar
da minha formação em psicologia!!!! Lollada
E vocês? Quais os seus dons? Eu adoraria saber! Escreve
aí!
domingo, 22 de maio de 2011
Uma reciclagem para ninguém reclamar que não sou pró-sustentabilidade!
Os bordadinhos após a lavagem... |
Bem, vocês já leram aqui sobre meu caso antigo com capas
pra garrafão de água, né? Coisinha prosaica, mega criticada por alguns, mas que
eu adoro! Coloquei no mesmo grau de importância do meu gosto musical: quem
quiser ser meu amigo tem que aprender a conviver com as minhas esquisitices,
certo? =)
Outro dia, arrumando armários, encontrei quadrinhos em
ponto cruz que decoraram meu quarto durante anos. Eu os havia retirado das
molduras e eles estavam bem sujinhos, meio largados numa caixa.
Depois de limpos, fiquei olhando pra eles e matutando
sobre uma forma de reaproveitá-los...
Os tons de azul me lembraram um pedaço de étamine que
tinha comprado e quase não uso. Pronto: foi a junção da fome com a vontade de
comer! Nasce mais uma capa de garrafão!
Fiz uma barra com espaçamento entre os bordados... |
Na minha avaliação: 9 prá idéia, 5 prá execução, média
7, passei... Ufa! =D
Explico: o bordado e o tecido ficaram bem harmônicos,
mas eu não soube como executar a inserção de cada quadrinho na capa... Por fim,
optei por fazer uma barra e simplesmente aplica-la sobre a capa pronta, o que
deixou o aspecto geral um tantinho grosseiro.
E a apliquei sobre a capa já pronta... =( |
Vou fazer meu curso de patchwork, comprar meus
equipamentos e, quem sabe, um dia refaço este projeto.
Detalhe das outras flores da barrinha... |
Vendo pelo lado bom, de longe, ficou bem interessante,
não? Aproveitei o bordadinho que andava esquecido em algo útil. E vocês sabem
como sou viciada em coisas úteis... lol A minha cozinha ficou mais charmosa com
esta capa.
Capa recém costurada, mas não engomada... |
Ah, e estou quase esquecendo a nota baixa da execução...
lol
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Margaret Sherry’s ABC Quilt #2 Incertezas
Um "G" para o Gui... |
E um "R" para o Rafinha! |
Olá!
O que vocês fazem quando há muita turbulência e
incerteza ao seu redor? Choram? Rezam? Meditam? Eu arrumo gavetas. Bordo.
Costuro. Faço bolo. Nessa ordem.
Num final de semana passado eu fiz todas as atividades acima,
para vocês terem uma idéia do grau da turbulência. Se houvesse uma escala
similar à Richter para medir os abalos da minha vida doméstica o episódio vivido à época seria grau 8, sem dúvida... lol
Um estudo para o "H". |
Mas vou poupa-los da parte relativa às gavetas e ao
bolo, deixo os bordados pro futuro e vou mostrar-lhes apenas o andamento do quilt
dos meninos.
Voilà! Um "H" pronto, ainda que não engomado... |
Continuei a montar os quadros, ganhando mais e mais
habilidade a cada costura. Ficaram prontas mais 4 letras, inclusive o R e o G.
Sai um "N" no capricho! |
Sei lá, havia algo na regularidade dos quadrados que
ajudou a me reorganizar, subjetivamente falando. A alegria de ver duas costuras
perpendiculares se encontrando é algo quase inefável...
Também quando não dá certo toca a desmanchar, xingando e
praguejando. Lol
O certo é que muitas turbulências ainda virão, fazer o
quê?! Se assim for, os acolchoados serão concluídos em tempo recorde! =D
sábado, 14 de maio de 2011
O mito do eterno retorno e a volta das capas para garrafão
Quando Nietzsche imaginou o conceito do “eterno retorno”, dizem que não pensou em algo cíclico. Dizem também que ele considerava este o seu pensamento o mais profundo e amedrontador.
Cortei um retângulo de 88cm x 41cm e um círculo de 25cm de diâmetro. |
Não havia uma visão em espiral, apenas a constatação de
que deveríamos estar preparados para viver continuamente os mesmos eventos
positivos e negativos... A vida seria a
sucessão de poucos fatos repetindo-se à exaustão, ontem, hoje e amanhã.
Se sua vida fosse boa, repleta de significados,
prazerosa, você a desejaria viver continuamente? E se fosse o contrário? A vida
seria, assim, uma espécie de dom ou maldição, concordam?
O tecido estampado tem 15 cm e é finalizado sobre a etamine branca com um viés vermelho. |
Esse preâmbulo filosófico para tratar de capas de
garrafão me ocorreu porque só mesmo Nietzsche para explicar meu fascínio pelas
famigeradas capas, tão criticadas pelos politicamente corretos... lol
Detalhe da parte de dentro da capa, para mostrar o acabamento. |
O fato é que elas têm retornado e retornado. De vez em
quando me dá uma vontade danada de fazer uma. Me pego rabiscando modelitos em
meu caderninho, deve ser algum tipo de síndrome...
Já no lugar... |
No caso em discussão, eu havia prometido, há priscas
eras, uma capa de garrafão para uma amiga, a Dona Ana, sogra da minha irmã, que
adora pimentas. Pensei em borda-las em ponto cruz ou vagonite, pensei em fazer
um patch apliqué, mas nada de realizar.
Aí, no sábado, acordei com a tal síndrome do eterno
retorno, uma comichão danada. Vapt-vupt, sai uma capa de garrafão com a barra
em tecidos de legumes e pimentas, um visual bem colorido para a cozinha da
minha amiga. Para complementar o presente, dois panos de prato com o mesmo
tema.
Os panos de prato são coordenados, com a mesma estampa. |
Nietzsche morreu louco... Será que eu deveria me
preocupar, hein?! =D
terça-feira, 10 de maio de 2011
Linhas Escritas # Dois Irmãos
Pra começar, este é o livro que eu gostaria de ter escrito um dia. Não sei por que exatamente, não foi o melhor que já li, ou o mais emocionante. Não tem nada da realidade fantástica que eu tanto admiro. Mas esse é o livro que eu gostaria de ter escrito...
Pena que o Sr. Hatoum o concebeu primeiro... lol
Apesar da pequena quantidade de páginas, possui a intensidade e os
perfumes dos frutos do Norte. A leitura é densa, forte, sentimo-nos como se
estivéssemos respirando na mesma umidade relativa do ar em que os personagens
talvez teriam respirado.
Lançado em 2000, o livro conta a história de uma família de origem
libanesa e o conflitos entre os dois irmãos gêmeos, Yaqub e Omar. É o retrato
de uma época no Norte do país e das delicadas relações de amor e ódio que vão
se firmando para unir ou destruir uma família.
Simples, poético, trágico, humano, demasiado humano. A leitura é
indispensável para quem deseja conhecer um grande autor contemporâneo e sua
escrita direta, sem rodeios, mas com o poder de leva-la(o) a enxergar as
imagens criadas com grande riqueza de detalhes.
Anote aí minha avaliação: super-hiper-mega-high-power-blaster-recomendadíssimo!
domingo, 8 de maio de 2011
Margaret Sherry’s ABC Quilt #1 O começo
Um "R" para o quilt do Rafael |
Um "G" para o quilt do Guilherme. |
Amigos,
Preciso começar o post já pedindo desculpas pelo que
virá, o que é meio patético... Mas é que me deu a velha comichão e há uns dias
eu fui comprar o tecido para iniciar o acolchoado com as letras já bordadas do
Alfabeto de Mrs. Sherry.
Não, as letras não foram todas bordadas ainda, mas eu
estava com muita vontade de arriscar costurar algo. Tem tempos em que a máquina
de costura exerce um enorme poder de atração sobre mim... lol Nessas épocas,
quase não bordo.
Pois bem, preciso ainda dizer que fui motivada pelo
Flickr da talentosa Inger Loureiro. Lá, além de lindíssimos trabalhos de
bordado, encontrei muito patchwork e o modelo do acolchoado que considerei o
mais simples a ser enfrentado pela minha inexperiência.
Para começar, estou fazendo tudo de modo intuitivo.
Claro que comprei alguns livros e revistas para tentar aprender o básico, mas
não tenho os equipamentos e improvisei como pude. Assim, não dá para esperar
perfeição, ok?
Tive que forrar o quadrado bordado, para um melhor resultado. |
Para os que como eu tem a vontade, mas não têm a técnica
e os equipamentos adequados, informo que optei por fazer moldes em papel cartão
e os risquei no avesso do tecido que, depois, foi cortado com a boa e velha
tesoura.
Estudo dos tecidos com as cores predominantes nas letrinhas. |
Também não sei dizer se estou usando alguma das técnicas
famosas. Parece que realmente eu tenho um longo caminho a percorrer...
O lado bom é que, quando consegui finalizar - de modo
relativamente satisfatório – o primeiro quadrado (30cm x 30cm - tive que
desmanchar umas duas costuras...lol), fiquei muito empolgada e com muita
vontade de aprender mais sobre as técnicas.
Vejam o avesso do quadrado já costurado. |
Tive que forrar o quadrado bordado com um tecido branco,
devido à transparência do cânhamo e, neste, costurei os tecidos. Decidi fazer
dois acolchoados, cada um com doze letras e a seguinte disposição:
Criei este projeto no Excel, os quadros coloridos representam as estampas. |
Os quadros coloridos representam as diferentes estampas
que pretendo utilizar, todas em tons de azul. Os quadros azuis são de um tecido
azul claro com poazinhos brancos, bem delicado. Ainda não decidi a cor da
borda.
Esse foi o primeiro quadrado realizado. |
A idéia é que o acolchoado do Gui tenha o seu G e o do
Rafa tenha também sua inicial. As demais letras serão dispostas de modo a
harmonizar as cores, sem escolha prévia.
Estudo de cores para o "X". |
Entenderam meu pedido de desculpas no início? Sei que
deveria ter-me preparado melhor antes de começar a postar, talvez você esteja
mais confuso(a) agora e eu o(a) tenha desencorajado(a) de alguma forma. Se você
já faz patchwork, de outro lado, poderá dar umas boas risadas com as minhas
confusões... lol
Em minha defesa preciso dizer que a experiência tem sido
estimulante. Só penso em tecidinhos, no verde das placas de corte e em aprender
mais sobre as diferentes técnicas. Tem coisa melhor??
Vou postando aqui meus resultados e aprendizados. E continuo procurando um curso de patchwork em Fortaleza... Desculpas aceitas?! =D
FELIZ DIA DAS MÃES!!!
terça-feira, 3 de maio de 2011
Linhas Escritas # O meu amor pelos livros
Às vezes, a gente acha que está escolhendo alguma coisa e, na verdade, está sendo escolhido por ela.
Explico: eu fui escolhida pelo nome do blog, ainda que pensasse que o estava escolhendo.
Explico mais um pouco: depois de imaginado o nome, eu não tinha entendido toda sua complexidade, mas ele já dizia o que eu ainda não conseguia dizer.
Explico mais? O blog tencionava ser de trabalhos manuais,
mas a outra coisa que mais amo fazer - ler - se insinuou a partir da escolha do
título e ganhou espaço na idéia do blog.
Esta é a estante do meu escritório. Não parece, mas aí estão meus quase 300... |
Foi meu irmão quem teve o entendimento do trocadilho da
palavra “linhas”: bordadas e escritas. Matizes nada mais são que nuances, alvos
intensamente desejados na literatura e de grande impacto em qualquer trabalho
manual.
Assim, fui escolhida pelo nome do blog e me peguei
matutando sobre a origem do meu amor pelos livros... Meus pais são pessoas
simples, de pouco estudo, trabalharam a vida toda como comerciantes. Cresci
numa cidade pequena do interior, com um arremedo de biblioteca municipal,
livros eram escassos. Não havia internet.
Achei esse suporte para livros genial! |
Mesmo com esta conjuntura, todos os trocados que eu juntava
viravam, invariavelmente, pedido de livros pelo reembolso postal. Receber o
aviso dos Correios de que havia um pacote de livros esperando para ser retirado
na agência era um palpitar de coração e um sorriso brotando.
Assim, venci as dificuldades de aquisição e fui
colecionando livros, histórias e memórias sobre as histórias lidas que me
acompanham até hoje.
Os gatinhos comprados em Florianópolis descansam sobre Drácula... lol |
Formada, morando na capital, partes substanciais dos
primeiros salários transformavam-se em livros, agora com a ajuda da internet.
Vagar pelas livrarias, namorar suas vitrines, tomar um café lendo as primeiras
páginas... ah, a materialização de um sonho infantil.
Mais amadurecida, hoje compro menos e de quando em vez dôo
livros para alimentar outras bibliotecas e outras almas sequiosas de fantasia
contra a concretude do cotidiano.
Minha ainda pequena coleção de São Franciscos. |
Estou cercada de muitas linhas: as escritas, as que ajudo a
escrever e as que me escrevem. Estou exatamente onde eu desejava estar.
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