A retomada do bordado e o aprofundamento da minha pesquisa sobre pontos e técnicas tiveram início com este projeto. Eu comprei um conjunto de lençol bege que, apesar de ficar bem com a decoração do meu quarto, estava muito... bege! O que fazer? Pensei em mandar pintar a barra, já que, infelizmente, os pincéis e eu temos conflitos irremediáveis... Havia feito alguns testes com a decoupage em tecido, mas confesso que não obtive muito sucesso com esta técnica.
Ao mesmo tempo, vinha sentindo uma vontade de tentar coisas novas. O ponto cruz estava meio em baixa: eu havia testado, com sucesso, o vagonite, o hardanger e o ponto reto. Acho que eu procurava técnicas mais rápidas, devido ao meu tempo restrito e a uma certa impaciência com muitos projetos de ponto cruz inconclusos...
Resgatei revistas antigas e, numa delas, encontrei vários “modos de fazer” de pontos que passei a chamar “antigos” por que eu os havia aprendido há muitos anos, ainda adolescente, na minha cidade natal. Recordava o quão bonitos eram os trabalhos com ponto cheio, corrente, margarida... lindos guardanapos finamente bordados, que enriqueciam e tornavam mais bonitos qualquer casa. Mas eu seria capaz de fazê-los?
O conjunto bege representou esta tentativa. O efeito colateral da minha iniciativa? Um avesso horroroso, cheio de nós! E o pior: mesmo as pessoas que nunca haviam segurado uma agulha na vida invariavelmente, ao admirar o bordado, olhavam seu avesso! Que ódio! E eu ficava me justificando!
Testei pontos diferentes no mesmo desenho, tentando encontrar a maior harmonia entre estes e, na barra do lençol, bordei o conjunto do que julguei melhor. Neste meio tempo, comprei o Dicionário de Pontos e li algumas técnicas de início e arremate, o que ajudou a melhorar o avesso da barra.
A situação atual é que ainda preciso concluir o último ramo de flores e pensei em bordar uns galhos em toda a extensão da barra. Enquanto isso, vou realizando outros trabalhos. Isto – não começar e concluir um trabalho sem interrupções – antes me preocupava. Hoje relaxei em relação a isto: existe o tempo de todas as coisas e alguns trabalhos “nos chamam” enquanto outros precisam “descansar”. Evidentemente, tenho o luxo de exercitar meu hobbie como um prazer e não para sobreviver.
Um comentário:
Oba, meu comment é o primeiro desse post!
To babando nisso amiga, vc é super!
:)
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