Já comentei inúmeras vezes neste espaço sobre o quanto gosto
de biografias. Se são sobre histórias de amor, então, minha alma canceriana
derrete-se...
Nem me lembro mais como tomei conhecimento sobre este
romance, ou biografia romanceada do amor entre Joaquim Nabuco e Eufrásia
Teixeira Leite.
Nunca ouvira falar na dama. Meu primeiro apartamento de
casada, pequenino e cheio de sonhos, ficava na sombreada Rua Joaquim Nabuco, na
sua parte mais bucólica. Mas quem fora o tal abolicionista Nabuco? Eu tinha um
conhecimento superficial.
No romance de Claudia Lage, fiquei sabendo sobre o jovem
Joaquim e o conturbado contexto histórico de sua formação. Conheci ainda esta
incrível mulher, educada desde cedo pelo pai para a independência moral e
financeira.
Rica, inteligente, culta, um ás da economia e das finanças,
Eufrásia chocou a geração que tinha no bom casamento seu objetivo de vida.
Texto de divulgação:
“O romance revela a real e conturbada história do amor
impossível entre o abolicionista Joaquim Nabuco e Eufrásia Teixeira Leite, uma
mulher muito à frente de seu tempo. De forma atípica para os padrões da época,
Eufrásia foi criada pelo pai para ser a herdeira e gestora de sua imensa
fortuna. Com a morte dele, ela assume os negócios e surpreende a todos com um
notável talento para administrar e multiplicar seu patrimônio e ainda garantir
sua emancipação econômica em pleno Brasil Imperial. Mas a promessa feita no
leito de morte do pai de que nunca iria se casar – sempre lembrada pela irmã,
com quem teve uma relação de amor e ódio durante toda a vida -, tem um preço
alto, condenando seu romance com o rebelde Joaquim Nabuco.”