sábado, 30 de abril de 2011

WIP – SAL Lizzie Kate # Faith and Cheer



Você é uma pessoa de fé?

 

Esta é uma palavra curiosa, não? É multiuso, cheia de significados. Fé, do Latim fides (fidelidade) significa adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro. Pode evocar prova, crença, mas, apesar disso, acreditar, apostar ou confiar em algo não significa necessariamente ter fé.

 

Temos, aqui no Nordeste do país, o costume de dizer: “fulano deu de alguma coisa...”, querendo dizer que o fulano apercebeu-se, deu-se conta de algo. É uma forma diferente e interessante de usar a palavra fé. Talvez ter fé seja mesmo despertar, conhecer o novo, não mais duvidar.


 

De outro lado, a fé cega em alguma coisa ou alguém já causou incontáveis males. Está intrinsecamente ligada à confiança, ainda que o merecedor de tal confiança esteja alhures, neste ou em outros mundos. Já foi tema de campanhas publicitárias e, vez por outra, ornamenta discursos políticos.

 

Eu diria que fé é aquela certeza interior que nos anima a prosseguir, quer seja você religioso ou não. Sempre se pode ter fé nos próprios recursos e capacidades, não é mesmo?

 

O Natal, para muitos, é época de renovar nossa fé na humanidade, na fraternidade, no futuro. Assim, a palavra “Faith” está bem colocada neste SAL, sobretudo quando seguida da linda e animada “Cheer”.

 


“To cheer”, o verbo, é a ação de encorajar e/ou aprovar verbalmente outrem, como numa competição, por exemplo. Quem não precisa de aprovação e encorajamento de vez em quando? Vocês não acham que cada comentário deixado é uma espécie de encorajamento para quem bloga?

 

Assim, a todos, fé na vida e que ninguém fique triste. Cheers!



 

terça-feira, 26 de abril de 2011

Wednesday Hex-along


Olá!

 

As agulhas andaram agitadas por estes dias. Resolvi dar cabo no meu estoque de hexies, costurando-os todos ao tecido que havia começado no padrão vermelho. Por que eu decidi fazer isso? Bem, eu não sabia direito o que fazer, estava com muita vontade de relaxar unindo os pequenos hexágonos...


Me deixei levar, pronto! Falei! lol Este desabafo pode parecer estranho se você me lê pela primeira vez, mas tenho um probleminha com a função utilitária das coisas... lol



Decidi que depois eu penso no que fazer de todo o tecido, melhor assim. Sei que estou me contradizendo um pouquinho, mas quem se importa??!


O tecido está ficando muito bonito e delicado. Comecei a inserir pitadinhas de cor... Nos meus sonhos, vou terminar um lindo quilt que será usado por muitas gerações da minha família, passando como uma relíquia para filhos, netos, bisnetos, tataranetos... É um lindo sonho, não? Cancerianos adoram essas coisas que ligam uma geração à outras...



Porém, com a minha volubilidade talvez o meu lindo tecido seja recortado e se transforme em coisas menores, menos glamourosas... Veremos.



domingo, 17 de abril de 2011

Uma caixa de relógios pro Papai, só para variar...



Olá pessoas!

 

Tá bem, eu sei que vou fugir um pouquinho dos objetivos centrais do Blog, mas quem se importa? Não podia deixar de compartilhar com vocês uma idéia que me ocorreu há alguns anos, por ocasião do Dia dos Pais.

 

Meu marido adora relógios, mas não tinha um local adequado para guardá-los. Na época, eu vivia um momento decoupage e resolvi presenteá-lo com algo feito por mim e pelos meninos.



 A caixa de madeira foi comprada pronta e revestida com os guardanapos de papel (que ficaram um tantinho enrugados porque eu errei a técnica...). Escolhemos elefantes por que eles simbolizam prosperidade (o papai quer ter mais relógios?!).





A parte interna – depois de pensar muito - resolvi revestir com um tipo de EVA texturizado, para preservar os relógios e impedir que se arranhassem. Esta etapa foi a mais trabalhosa. Por fim, o toque afetivo do presente: as duas mãozinhas dos meninos na parte de dentro da tampa.




Ok, não ficou uma perfeição e talvez não fosse vendida num bazar... Mas valeu a pena como experiência e fez um papai sorrir ao ver as mãozinhas gravadas!



 

Gostaram da idéia? Ela pode ser aproveitada para mães, namorados, etc. Além de guardar relógios, você pode optar por outros usos. Basta comprar modelos de caixas diferentes nas boas casas de artesanato da sua cidade e dar asas à imaginação.





Uma excelente semana a todos!




domingo, 10 de abril de 2011

Onde vive a perfeição?



A minha amiga Gis, do Coração em Ponto Cruz, é a culpada por eu ter feito as pazes com esta técnica. Agora, é acusada também de aumentar minha comichão: é que ela postou alguns trabalhos com avesso perfeito e eu fiquei curiosa.

 

Eu sempre dizia que avesso perfeito não era pra mim, já que a técnica demandaria uma paciência que não mora em meu juízo. lol Mas ao decidir bordar um conjunto de toalhas como presente para a professora do Rafa, inesperadamente resolvi tentar encontrar a tal perfeição. Algumas aulinhas no Youtube (obrigada Josi Pereira!) e voilà!!

 

Optei por bordar um delicado monograma com o “M” de Marjorie. Comecei e então  descobri por que bordar motivos muito detalhados com avesso perfeito é desafiador... O resultado na frente estava até bom. No avesso, infelizmente, não soube como alcançar a perfeição e acabei desmanchando o que já tinha feito...


Primeira tentativa: ainda bordaria muitos galhos e folhas...
Ainda não deu... Havia pontinhos na horizontal... Desmanchei!

Depois, escolhi um “M” bem mais simples, em uma única cor, mas acho que o resultado ficou bem “classudo”. O tom de rosa escuro foi escolha do Rafinha e achei bem escolhido. Causou bom contraste na toalha branca.
Estudo para o novo "M"
O novo "M" foi mais simples e mais rápido...

Não vou mentir, minha paciência e inteligência foram arduamente testadas... Mas é pra isso mesmo que elas servem, não? Acho que fui motivada também por um post da Ana Elisa, do La Cucinetta, no qual ela se ressente das pessoas que não se esforçam para aprender, melhorar e esperam receber tudo sempre bem mastigadinho. Me toquei... Acho que tava um pouquinho assim, sei lá...

Logo eu que sempre escuto das pessoas: “Ah, não tenho paciência pra bordado, não!” ou “Não é mais fácil ir numa loja e escolher alguma coisa?!”. 


Claro que é mais fácil e cômodo e rápido e mais tantas outras coisas, cara pálida! Mas no caso dos trabalhos manuais, o processo é um bônus que enriquece quem faz o presente: a gente aprende e se distrai e tem prazer e mais tantas outras coisas que tornam a vida melhor, sacou?


Finalmente: o tal avesso perfeito é bem bonito, não?

 O resultado a que se chega é só uma pequena parte. Importa mesmo é caminhar, como diz o poeta. Moral da história? A perfeição exige esforço e na maioria das vezes - se não te enlouquece – é capaz de te fazer um ser humano melhor. Efeitos colaterais da experiência? Toalhas por enquanto só com motivos beeemmm pequenos... lol



terça-feira, 5 de abril de 2011

Linhas Escritas # A Cabana e uma experiência no Mini-Mundo



Há alguns anos, entrei numa loja de sapatos e a vendedora estava lendo um livro, enquanto eu olhava os produtos. Nada me interessa mais que um livro na mão de alguém, sobretudo se eu não o tiver lido...

 

Ela lia A Cabana, de William P. Young e o recomendou fortemente. Saquei meu caderninho e anotei esta e outra sugestão que ela me deu. Depois de uma rápida pesquisa, resolvi comprar o livro e, quando viajamos para o Natal Luz de Gramado com o Guilherme, era este livro que eu lia no avião.

 

Independente de você ser uma pessoa religiosa ou não, o livro emociona por tratar de uma questão universal: a perda de quem se ama.


Conhecem a história? Uma menina é seqüestrada durante um passeio de família e o pai, sentindo-se culpado, tenta encontrar respostas e saber se a filha está viva ou não. Nessa busca, ele chega a uma cabana e encontra vestígios de sangue e do vestido que a criança usava quando desapareceu.

 

O livro narra o sonho desse pai e seu encontro com Deus, Jesus e o Espírito Santo e todas as perguntas que ele faz para estas entidades. É realmente inspirador.


 

Como eu disse, eu lia no avião e chorava copiosamente. Quando uma comissária de bordo aproximou-se para me oferecer lenços de papel e perguntar se eu me sentia bem, meu marido disparou: “Pare de chorar, pelo amor de Deus! Vão pensar que estou fazendo alguma coisa contigo!” lol

 

Continuei a leitura quando chegamos à Gramado, à época do Natal. Nessa viagem, o Guilherme viu materializado seu sonho de uma cidade em miniatura no passeio que fizemos ao Mini-Mundo.

 

Enquanto ele corria, pulava e dava gritinhos de alegria ao ver os trens, navios, cenas de ruas com suas casa, castelos, pessoinhas e inúmeros carrinhos e caminhões, meu pensamento continuava no livro: o quanto a idéia de perder um filho nos parece insuportável! É como se não fosse natural...

 

Ao mesmo tempo pensava nos milhões de mães que enterram seus filhos todos os dias e em como se arranca das entranhas, da fé, da religião, de seja lá de onde for, a força para continuar respirando.



Talvez você esteja quase desistindo de ler A Cabana, depois desse meu drama todo, mas eu o aconselharia a não riscá-lo de sua lista de leitura. Apesar do tema ser “pesado”, a leitura é surpreendentemente agradável e o final compensará as lágrimas por ventura derramadas.

 

Anote aí minha avaliação: super-hiper-mega-high-power-blaster-recomendadíssimo!



sábado, 2 de abril de 2011

Alice, a Lebre


Desde sempre eu quis ter dois filhos. Quanto ao sexo, confesso que tinha mais inclinação para meninos. Eu achava que seria “mais fácil” que criar meninas... lol Fui abençoada, como sabem, com dois meninos, o Gui e o Rafa.



Um monte de gente me pergunta sobre a “menina”, como se eu ainda não estivesse satisfeita por não ter tido uma. Quando engravidei do Rafael, eu tinha dois nomes de menina e nenhum de menino. Havia pensado em Giovana e Alice. Quando soubemos que seria outro menino, só escolhemos o nome bem no final da gestação.



Decidimos parar “a produção” nos dois meninos. Estou absolutamente satisfeita e realizada como mãe. Por isto mesmo, qual não foi minha surpresa com um sonho que tive este final de semana, no qual eu aparecia gravidíssima de outro menino! O sonho era muito real e mesmo agradável, eu parecia feliz, mas acordei muito aborrecida... E passei o sábado meio mal- humorada e pensativa.


Até que no domingo “pari” Alice, a lebre.



Eu vinha acalentando a idéia de fazer um novo boneco de pano desde a minha estréia – um tanto quanto traumática – com a Sofia. Vocês viram? Se não, dá uma olhada aqui. Bem antes do carnaval comprara uma revista Labores Del Hogar, com lindos coelhos de Páscoa na capa (a revista informava que eram lebres!) e colocara este desafio na minha lista de coisas a fazer.


Comprei o material, li e reli as instruções, mas a vontade/coragem de fazer o boneco não vinha... Até este domingo.


O dia amanheceu chuvoso, não daria praia nem passeio no parque. Os meninos preguiçavam e brincavam... Foi me dando uma inquietação, uma comichão... Comecei às nove da manhã, achando que terminaria tudo ainda de manhã. Bem, levou o domingo inteiro...



Dessa feita, tive mais capricho na confecção do corpo, alinhavando todas as partes antes de costurá-las à máquina. O que deu mais trabalho foram as orelhas que, de acordo com as instruções, deveriam ser reforçadas com arame. Optei por deixa-las molenguinhas mesmo, já que será um presente para uma menininha que poderia se machucar com arames soltos.



A noite já ia alta no céu quando os meninos chegaram com os primos na maior algazarra: “Mãe, tu terminou!!” Toda orgulhosa, apresento uma simpática coelhinha, de carinha um pouco torta, orelhas caindo pelas costas, roupa um pouco mais justa que o adequado, desafio completado. “Meninos, ela precisa de um nome!”, instiguei.



Todos sugeriram nomes legais e outros estapafúrdios, mas foi o Rafa, com seu jeito de oráculo de quatro anos que fechou a questão: “Mãe, o nome dela é Alice!”. E Alice foi “batizada” assim como a Sofia o fora meses antes.



Claro que o Rafa não tem como saber por que o nome, escolhido intuitivamente, estava tão adequado. Na hora, passaram por minha cabeça todas as referências ao maravilhoso “Alice no País das Maravilhas” e a imagem do coelho (seria uma lebre?) correndo apressado e olhando o relógio, levando Alice para lugares nunca dantes imaginados.



Uma lebre/coelhinha chamada Alice é uma idéia engraçada, não é mesmo? Além disso, Alice era o nome que eu colocaria numa filha, se a tivesse tido. A mente da gente é mesmo uma coisa terrível e maravilhosa, concordam? Para lidar com o sonho e com o incômodo causado por este, eu resolvi “parir” uma “filhinha”. Fazer bonecos sempre me abre novos caminhos. Curioso. 


E terapêutico.




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