Desde sempre eu quis ter dois filhos. Quanto ao sexo, confesso que
tinha mais inclinação para meninos. Eu achava que seria “mais fácil” que criar
meninas... lol Fui abençoada, como sabem, com dois meninos, o Gui e o Rafa.
Um monte de gente me pergunta sobre a “menina”, como se eu ainda não
estivesse satisfeita por não ter tido uma. Quando engravidei do Rafael, eu
tinha dois nomes de menina e nenhum de menino. Havia pensado em Giovana e
Alice. Quando soubemos que seria outro menino, só escolhemos o nome bem no
final da gestação.
Decidimos parar “a produção” nos dois meninos. Estou absolutamente
satisfeita e realizada como mãe. Por isto mesmo, qual não foi minha surpresa
com um sonho que tive este final de semana, no qual eu aparecia gravidíssima de
outro menino! O sonho era muito real e mesmo agradável, eu parecia feliz, mas
acordei muito aborrecida... E passei o sábado meio mal- humorada e pensativa.
Até que no domingo “pari” Alice, a lebre.
Eu vinha acalentando a idéia de fazer um novo boneco de pano desde a
minha estréia – um tanto quanto traumática – com a Sofia. Vocês viram? Se não,
dá uma olhada aqui. Bem antes do carnaval comprara uma revista Labores Del
Hogar, com lindos coelhos de Páscoa na capa (a revista informava que eram
lebres!) e colocara este desafio na minha lista de coisas a fazer.
Comprei o material, li e reli as instruções, mas a vontade/coragem de
fazer o boneco não vinha... Até este domingo.
O dia amanheceu chuvoso, não daria praia nem passeio no parque. Os
meninos preguiçavam e brincavam... Foi me dando uma inquietação, uma
comichão... Comecei às nove da manhã, achando que terminaria tudo ainda de
manhã. Bem, levou o domingo inteiro...
Dessa feita, tive mais capricho na confecção do corpo, alinhavando
todas as partes antes de costurá-las à máquina. O que deu mais trabalho foram
as orelhas que, de acordo com as instruções, deveriam ser reforçadas com arame.
Optei por deixa-las molenguinhas mesmo, já que será um presente para uma
menininha que poderia se machucar com arames soltos.
A noite já ia alta no céu quando os meninos chegaram com os primos na
maior algazarra: “Mãe, tu terminou!!” Toda orgulhosa, apresento uma simpática
coelhinha, de carinha um pouco torta, orelhas caindo pelas costas, roupa um
pouco mais justa que o adequado, desafio completado. “Meninos, ela precisa de
um nome!”, instiguei.
Todos sugeriram nomes legais e outros estapafúrdios, mas foi o Rafa,
com seu jeito de oráculo de quatro anos que fechou a questão: “Mãe, o nome dela
é Alice!”. E Alice foi “batizada” assim como a Sofia o fora meses antes.
Claro que o Rafa não tem como saber por que o nome, escolhido
intuitivamente, estava tão adequado. Na hora, passaram por minha cabeça todas
as referências ao maravilhoso “Alice no País das Maravilhas” e a imagem do
coelho (seria uma lebre?) correndo apressado e olhando o relógio, levando Alice
para lugares nunca dantes imaginados.
Uma lebre/coelhinha chamada Alice é uma idéia engraçada, não é mesmo?
Além disso, Alice era o nome que eu colocaria numa filha, se a tivesse tido. A
mente da gente é mesmo uma coisa terrível e maravilhosa, concordam? Para lidar
com o sonho e com o incômodo causado por este, eu resolvi “parir” uma “filhinha”.
Fazer bonecos sempre me abre novos caminhos. Curioso.
E terapêutico.
3 comentários:
Nossa mente é perfeita, não?
O melhor é termos a oportunidade de resolver muitas questões pessoais com a arte! Muitas vezes não nos damos conta de quantas coisas resolvemos com os trabalhos manuais, só sentimos que nos faz bem e que nos dá um enorme prazer!
Amei Alice, a irmã coelha de Sofia!
Beijinhos!
'pariste' a Alice?!?!? hahahahaha que demais! Muito me fizeste rir agora :D LOLLADA!!
Está tão linda! E tão perfeita :D Que espanto! Parabéns Si :D Acredito que não deve ser uma peça fácil de fazer, é preciso ter umas mãos habilidosas para fazer um boneco tão lindo e perfeitinho assim =) Parabéns! Até eu aqui deste lado fiquei orgulhosa só de ver as tuas fotos :D
Vais fazer outros mais?!?!!? hehehe Espero que sim! Gostei de ver :D
Boa semana linda!!
*comailinda*
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